sábado, 20 de dezembro de 2008

Bruno defende cassação do mandato da prefeita reeleita de Redenção

O deputado Arthur Bruno (PT) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa na sessão desta sexta-feira (19/12), para pedir que a Justiça Eleitoral aja com firmeza em relação às irregularidades nas prestações de contas de campanha da prefeita reeleita de Redenção, Francisca Torres Bezerra, conhecida por Cimar. Conforme o parlamentar, com base em denúncia apresentada pela promotoria eleitoral e acatada pela juíza do município, a prestação de contas deixa clara a existência de caixa dois, uma vez que ela só declarou R$ 20.000,00 no total geral de gastos. Ele espera que a Justiça casse o mandato da Prefeita.Bruno disse que a prefeita só conseguiu ser diplomada porque recorreu à Justiça, mas observou que é evidente e impossível que os gastos tenham sido apenas esses, quando se viu uma campanha bem estruturada no município, com carros de som, panfletos, santinhos e outros, sem que nenhuma dessas despesas tenha sido declarada. Há indícios de que tenha sido usado dinheiro público para pagar algumas contas, como por exemplo, o advogado da campanha da prefeita.O parlamentar do PT disse que diante desses fatos, o Ministério Público entrou com uma ação e as contas foram desaprovadas pela juíza de Redenção. “O promotor diz que ela fez uso de cabos eleitorais, carros de som, panfletos, santinhos, e nada disso foi declarado nas contas. Não se pode usar recursos financeiros que não sejam oriundos de uma conta específica, previamente informada à Justiça Eleitoral, como manda a Lei. A diplomação da Prefeita deixa o povo de Redenção em situação difícil. É um total desrespeito também para com a Justiça e a própria Constituição”, disse ele.Em aparte, o deputado Manoel Castro pediu a Bruno para explicar se estava se referindo as contas da candidata ou as contas do comitê de campanha, que pode receber até doação de mão-de-obra estimada em valor financeiro. Bruno deixou claro que nada disso foi declarado, nenhuma doação consta da prestação de contas. Para ele, tudo foi feito ilegalmente e o mandato da prefeita deveria ser cassado.

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