Praça José de Alencar é Iterditada

A Praça José de Alencar, que foi impedida de ser ocupada por feirantes na última quinta-feira, 15, foi cercada por tapumes de madeira na manhã desta sexta-feira, (16.) Feirantes que comercializavam no local migraram para a Praça da Lagoinha, a um quarteirão dali. Durante a manhã, alguns lugares já estavam sendo demarcados com paralelepípedos da própria calçada da praça. Manoel Messias, que vende roupas, diz que os agentes da Guarda Municipal chegaram de surpresa nesta quinta-feira. “Fecharam tudo. Os guardas ‘tavam’ lá (na praça José de Alencar) em ponto de guerra, usando spray de pimenta”. Ele diz que não teve feira e os ambulantes ficaram parados, apenas observando. “Não queremos briga. A gente procura um meio de viver honestamente. Como é que eu vou pagar minhas contas?”, lamenta Manoel. Narcélia Damasceno, que também vende confecções na praça da José de Alencar há dois anos, diz que o desejo dos feirantes é que a prefeitura viabilize um local permanente para que eles possam vender seus produtos. Ela conta que a maioria dos feirantes migraram para a praça da Lagoinha é da José de Alencar, mas alguns vieram da Feira da Sé, na praça Dom Pedro II. Alguns ambulantes que comercializam a mais tempo na praça da Lagoinha temem perder o espaço para os que estão chegando. É o caso de seu Wellington Chagas, que vende sucatas na praça há três anos. Ele estava pintando o chão de tinta branca para guardar o lugar onde costuma ficar. “Mas não vivo apenas disso. Faço serviços de pedreiro e pintor”, afirma. Agentes da Guarda Municipal estiveram lá durante o cercamento para garantir a segurança na Praça José de Alencar. Segundo o sub-inspetor do órgão, Henrique Martins, a praça está sendo cercada porque o logradouro passará por uma reforma. Ele diz que muitos feirantes estão contribuindo para a depredação da praça. “Eles cavam buracos no chão da praça para montar as barracas. A praça está feia, precisa da reforma”, analisa. Segundo Martins, a tensão no local é constante, mas desde o início da operação de cercamento, não houve nenhum conflito. De acordo com José Nunes Passos, titular da Secretaria Extraordinária do Centro, a reforma será feita com a troca do piso e jardinagem. “Acredito que em torno de 30, 40 dias, deve estar tudo pronto”, afirmou o secretário. fonte: Imagens Site Domínio Cultural