quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Deputados propõem parceria da Cruz Vermelha com o Hospital da PM
O deputado Manuel Castro Neto (PMDB), relator da Comissão Especial que acompanha contratações de profissionais para o Hospital da Polícia Militar (HPM), propôs, nesta quarta-feira (16/12), uma parceria entre o Estado e a Cruz Vermelha para assegurar o funcionamento da unidade, que tem grande carência de médicos e outros profissionais de saúde. A questão foi tema de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Saúde da Casa, nesta tarde. Manuel Castro disse que a parceria com a Cruz Vermelha seria uma solução emergencial, enquanto o Governo busca uma alernativa definitiva para o hospital. O presidente da Comissão Especial, deputado Ronaldo Martins (PRB), defendeu a idéia da parceria e sugeriu que o HPM, que é veiculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, seja repassado para a Secretaria de Saúde, para que a unidade receba recursos do SUS.O secretário executivo de Saúde do Estado, Arruda Bastos, elogiou as duas propostas e disse que vai levá-las ao governador Cid Gomes. Arruda informou que há um projeto de aproveitar a estrutura do HPM para um hospital de alta complexidade em áreas como ortopedia, obstetrícia e psiquiatria; e disse que a Secretaria está tentando transferir de profissionais de outras unidades.O diretor do HPM, coronel Clínio Alves Souza, disse que o hospital está com duas salas de cirurgia paradas porque não tem anestesistas, e apenas 10% dos 61 leitos estão ocupados Segundo ele, há uma carência de 59 médicos, 45 profissionais de nível superior e 20 técnicos de enfermagem. A presidente da Cruz Vermelha no Ceará, Patrícia Albano, falou de parcerias em outros estados e afirmou que a participação com o HPM seria como um convênio e não terceirização. “A Cruz Vermelha não vem tomar conta do hospital e sim para uma parceria, onde poderemos ceder médicos e realizar ações de humanização”, disse o vice-presidente da entidade, Richard Strauss.A presidente da Associação das Esposas de Praças da PM, Nina Carvalho, cobrou uma ação efetiva do Governo e ressaltou: “é lamentável que um hospital com equipamentos modernos, uma maternidade modelo e que chegou a fazer 200 cirurgias por mês esteja parado”. O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Flávio Sabinio, destacou o temor da categoria de que o repasse do HPM para a Secretaria de Saúde acabe o vínculo dos policiais com o hospital.Também participaram do debate o presidente da Comissão de Seguridade Social e Saúde, deputado Antônio Granja (PSB), diretores do HPM e representantes do Ministério público, além de policiais e familiares.
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